HPV (Papiloma Vírus Humano)


O HPV é considerado a principal doença sexualmente transmissível (DST) e acredita-se que até 80 % das pessoas sexualmente ativas já entraram em contato com ele; mas dependendo da resposta imunológica do indivíduo, pode ter cura espontânea; entrar em estado de latência, podendo desenvolver lesão em algum momento da vida, devido uma queda imunológica; ou desenvolver lesões subclínicas (diagnostidas por métodos microscópicos como citologia e histologia) ou lesões clínicas, observadas à olho nu.


É transmitido por contato direto pele a pele, geralmente durante a relação sexual. No entanto, mesmo que não haja penetração, pode haver transmissão de vírus pelo simples contato com a pele infectada.
Existem mais de 100 subtipos de HPV que colonização o homem, causando doenças em pele e mucosas, benignas com papilomas em orofaringe e verrugas genitais, mas a sua principal importância está em seu potencial de malignização (causar câncer), predominantemente genitais (lesões pré-malignas e malignas do colo uterino, câncer de vagina, vulva, ânus e pênis).


O câncer de colo uterino é a segunda neoplasia maligna incidente na mulher, sendo uma das principais causas de mortalidade por câncer, com ônus global de 500.000 novos casos e 250.000 mortes por ano. (33)
Sua incidência torna-se evidente na faixa etária de 20 a 29 anos, e o risco aumenta, rapidamente, até atingir seu pico geralmente na faixa etária de 45 a 49 anos.


Em países desenvolvidos, a sobrevida média estimada em cinco anos varia de 59% a 69%. Nos países em desenvolvimento, os casos são encontrados em estádios relativamente avançados, e, conseqüentemente, a sobrevida média é de 49% após cinco anos. A média mundial estimada é de 49%.

 

Já foi esclarecido o papel causal de alguns tipos de HPV de alto risco na carcinogênese cervical por estudos moleculares, epidemiológicos, virológicos, citológicos e histológicos da história natural da doença. Estudos moleculares mostram que o DNA do HPV está presente em 99,7% de cânceres cervicais, por PCR e 100% dos casos com revisão histológica. (34)


Com base em amplo Consenso de Especialistas, os subtipos mais comuns de HPV identificados no câncer cervical, em ordem decrescente de freqüência, são: HPV-16 (53,5%), -18 (17,2%), -45 (6,7%), -31(2,9%), -33, -52, -58, -35, -59, -56, -39,-51, -73, -68 e -66. (35,36)


As medidas profiláticas para o desenvolvimento de neoplasias intra-epiteliais cervicais e carcinomas consistem basicamente na prevenção da infecção pelo vírus HPV, através de medidas comportamentais (cuidados higiênicos, como não compartilhar objetos e roupas íntimas, evitar fatores de risco como o tabagismo, os múltiplos parceiros sexuais e o início precoce da atividade sexual) e vacinação; assim como o tratamento mais precoce de lesões, identificadas primariamente, por exames preventivos de Papanicolaou e colposcopia.